O Conselho Nacional da Renovação Comunista reunido em 31 de Janeiro de 2009 debateu a evolução da situação política e o processo de convergência à esquerda.

Valorizou os sinais de diálogo à esquerda expresso em eventos como o o Comício do Teatro da Trindade e o Encontro da Aula Magna, dos quais é possível construir uma base de entendimento profícuo que não violenta a especificidade e identidade dos vários intervenientes.

Considerou que o trabalho de aproximação de pontos de vista leva tempo a gerar uma base de pensamento comum, embora seja necessário, ao mesmo tempo, dar uma saída política tão pronta quanto possível ao movimento popular e a toda a inquietação social que hoje grassa no país. Para o país e para o mundo do trabalho é fulcral que o tempo da construção política se ajuste ao tempo das oportunidades de mudança da correlação de forças que se abrem com as eleições para as autarquias e para o parlamento.

Para a Renovação Comunista importa equacionar no curto prazo novas iniciativas que promovam o diálogo à esquerda, no quadro potencialmente clarificador que os próximos congresssos de partidos de esquerda irão proporcionar.

A Renovação Comunista considera ainda que o desenvolvimento de compromissos com foco nas eleições legislativas não deve impedir soluções de desenho específico para as autarquias. No plano autárquico, é importante procurar entendimentos que permitam manter e alargar o número de municípios na área de influência da esquerda, no presuposto de que o eleitorado compreende, como há muito tem dado mostras de compreender, a especificidade dos diferentes planos eleitorais e a natureza diferenciada dos actos que estarão em apreciação.

O Conselho Nacional da Renovação Comunista debateu ainda o andamento dos trabalhos relativos à elaboração de linhas programáticas a colocar a curto prazo em debate público com vista a dinamizar a procura de eixos para superação da crise e que permitam colocor com mais nitidez no centro da agenda política uma efectiva viragem nacional.