21 DE FEVEREIRO DE 2010, DOMINGO
ALEGRE A BELÉM: CONVERGÊNGIA À ESQUERDA PARA TIRAR O PAÍS DA CRISE!
Renovação Comunista torna público o seu apoio à candidatura de Manuel Alegre!
Mandatada pelo Conselho Nacional, a Direcção da Renovação Comunista torna público o apoio da Associação à candidatura de Manuel Alegre como sendo o espaço e o empreendimento, únicos e soberanos, que podem ajudar na construção de uma saída pela esquerda para o país! Os comunistas, afirma-se na presente tomada de posição, actuam para a convergência da esquerda, no objectivo de alcançar a vitória e derrotar o candidato da direita.
As presidenciais culminam um longo ciclo de eleições onde se condensam as esperanças do trabalhadores e do país numa viragem política à esquerda. Responder à crise do capitalismo e retomar a prosperidade com mais justiça social na senda de uma nova economia é o que orienta a acção comunista neste processo.
Até agora, as sucessivas eleições forneceram dois resultados aritméticos sem dúvida assinaláveis: sustentaram uma maioria de esquerda no país e acentuaram o peso das forças mais à esquerda no seio dessa ampla maioria. Estes resultados não produziram por enquanto uma alteração sensível ao nível das políticas de Estado embora o espaço de reclamação e de acção populares se tenha ampliado a todos os níveis.
É uma evidência que as condições para ser gerada uma solução à esquerda entroncam em dificuldades de visão programática e táctica nas forças de esquerda bem como na avaliação mútua dos papéis entre a esquerda e o centro-esquerda. Jogam todavia um papel ainda mais importante a manutenção de importantes posições da direita no Estado, designadamente na Presidência da República, mas igualmente a outros níveis, bem como o pendor abertamente conservador dos centros políticos supra-nacionais. A manterem-se estas posições, poderão ficar mais longínquas as saídas pela esquerda da grave crise económica que devasta a nossa sociedade frustrando a esperança dos que foram conquistados para dar o seu apoio à esquerda.
É por isso que a batalha das presidenciais assume um lugar fulcral no difícil processo de gerar as condições para uma alternativa que realmente repercuta na vida das pessoas, mobilizando-as para um projecto de desenvolvimento e prosperidade com justiça social. Não é indiferente para os destinos do movimento popular que o próximo mandato presidencial esteja capturado pela direita ou, pelo contrário, nele exerça funções um presidente facilitador de consensos à esquerda e porta-voz sem dúvida de um projecto novo para o país.
O que está em causa nas eleições presidenciais é a construção de uma vasta aliança que abra o caminho para políticas públicas que dinamizem a frágil economia, reduzam o défice e o desperdício mas sem induzir a contracção cega e irresponsável da economia, combata o desemprego, intensifique um projecto de economia verde motor de um novo desenvolvimento e uma fiscalidade apostada na progressividade e na justiça social. Um novo compromisso social abrangente que coloque portanto o desenvolvimento social e humano no centro das preocupações e dê espaço a novas relações sociais apostadas numa mais justa partilha dos rendimentos do trabalho. Na concretização deste ambicioso projecto fazem toda a diferença a visão estratégica das lideranças no Estado e na Presidência da República em prol de um projecto mobilizador para ser conseguido um avanço real.
O mandato presidencial de Cavaco Silva, que agora termina, ficou marcado pela total incapacidade de dar sustentação a soluções ambiciosas, reiterou largamente o impasse na política económica e funcionou como âncora para puxar o país para trás, para o imobilismo e a insistência em soluções caducas que vêm impedindo a creatividade e a ambição da inciativa social.
A candidatura de Manuel Alegre é sem dúvida uma oportunidade de o país reencontrar a esperança e a mobilização para um novo desígnio ao mesmo tempo ancorado no realismo e na consciência das dificuldades programáticas e de diálogo entre várias sensibilidades. Embora de natureza supra-partidária, só a candidatura de Manuel Alegre poderá mobilizar e congregar vontades hoje ainda dispersas na esquerda e no centro-esquerda de modo a abrir caminho a um diálogo indispensável para a superação dos graves problemas do país. A candidatura tem soberanas condições para acolher com conforto e distenção os partidos da esquerda e do centro-esquerda, mas igualmente toda a vasta expressão inorgânica da esquerda com vista a um passo em frente na saída da longa e penosa crise económica. É nessa possibilidade que apostam os comunistas e o movimento dos trabalhadores, num processo que deve fazer aproximar e não dividir, deve articular e não separar o vasto conjunto de forças sociais e políticas com vista a uma saída.
A Renovação Comunista apoia convictamente a candidatura de Manuel Alegre.
A Renovação Comunista tudo fará para que se reforçem as possibilidades de uma alternativa, ajudando ao diálogo e ao compromisso, promovendo a mobilização unitária dos portugueses, no plano social e popular, mas dando igualmente um impulso à redes sociais, sem dúvida um espaço de crescente importância na construção de uma cidadania interveniente.
A Renovação Comunista intervêm neste processo em prol da convergência e coloca a sua aposta na vitória eleitoral de Manuel Alegre, como objectivo central da sua acção até à contagem dos votos.
TODOS POR MANUEL ALEGRE A BELÉM!