10 DE NOVEMBRO DE 2007, SÁBADO FONTE: Comissão Permanente Documento em preparação para o Conselho Nacional A Renovação Comunista e as eleições autárquicas de 2009 A formação de uma coligação à esquerda para o governo da cidade de Lisboa constitui um fenómeno singular na vida política nacional que não deixa indiferentes apoiantes e adversários. Face à energia colocada na oposição, tanto à esquerda como à direita, à solução encontrada, importará nesta altura analisar como se devem situar os comunistas, tanto mais que a Renovação Comunista foi parte dessa mesma solução. Com a divulgação do projecto de posição, esperam-se contributos online para o debate do Conselho Nacional Na sequência dos resultados da eleição intercalar para a Câmara Municipal de Lisboa, de 15 de Julho, o acordo celebrado entre o PS e a candidatura Lisboa é Gente, liderada por José Sá Fernandes e da qual fazem parte militantes do Bloco de Esquerda, renovadores comunistas e independentes tem mostrado, até ao momento e em circunstâncias particularmente desfavoráveis, as virtualidades do entendimento das forças de esquerda, desde que orientado para políticas concretas e para a resolução dos problemas mais sentidos pela população.
Mau grado a hostilidade de que vem sendo alvo, nomeadamente por parte da direcção do PCP, este acordo veio desbloquear reacções e preconceitos ideológicos que o procuraram associar a uma rendição à política conduzida pelo governo de José Sócrates. Assim não tem sido de facto. Os apoiantes daquele acordo têm mostrado saber distinguir os diferentes planos em que se pode intervir politicamente e as convergências que se podem realizar tendo em vista os interesses dos portugueses.
Do que agora se deve tratar é de manter o suporte de apoio político à equipa da candidatura Lisboa é Gente que na Câmara de Lisboa vem trabalhando na aplicação dos termos do acordo. Do seu êxito dependerá os resultados das eleições na autarquia em 2009, não só das partes agora mais directamente interessadas mas de todas as forças de esquerda. Tendo em vista essas eleições, a Renovação Comunista entende desde já mostrar a sua disponibilidade para encontrar soluções de convergência tanto em Lisboa como noutras autarquias, que levem à constituição de maiorias que contribuam para a promoção do desenvolvimento local e a diminuição das assimetrias regionais.
|