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27 DE NOVEMBRO DE 2007, TERÇA FEIRA
FONTE: O PĂşblico
EXPULSA!
Após expulsão do PCP, vai assegurar funções como independente
As dissidências no campo comunista fruto da actuação da direcção do PCP que saiu vitoriosa em 2000 no seu XVI Congresso, continuam em roda viva. Depois do estatuto singular e heroico do "Partido dos Resistentes" contra o fascismo, ou do "Partido dos Presos Políticos da Ditadura", à semelhança de resto com o PC Françês, "O Partido dos Fuzilados" pelos nazis na II Guerra Mundial, o PCP torna-se hoje no "Partido que expulsa" como resposta monótona e estereotipada à dificuldade política e ao desacordo. Leia a propósito a posição do Conselho Nacional da Renovação Comunista acerca do problema de fundo da legitimidade do eleito face ao partido pelo qual concorreu, levantado pela posição de Luísa Mesquita
LuĂ­sa Mesquita garante que vai continuar como deputada e vereadora

27.11.2007 - 19h44 PUBLICO.PT

Luísa Mesquita assegurou que vai continuar a desempenhar as suas funções de deputada na Assembleia da República e de vereadora na Câmara de Santarém, agora como independente, depois de ter sido expulsa hoje do PCP, uma decisão que afirma ter recebido com “calma e serenidade” e sem “surpresa”.

Em declarações à SIC Notícias, Luísa Mesquita lamentou que, “mais uma vez”, tenha tido conhecimento de uma decisão do PCP da comunicação social, desmentindo a indicação de o Secretariado da Direcção da Organização Regional de Santarém (Dorsa) do PCP, segundo a qual a deputada já foi informada da sua expulsão. “É absolutamente falso. Ainda não fui informada”, disse.

Luísa Mesquita, a quem a 24 de Outubro último foi retirada pelo PCP a confiança política, admitiu que a sua expulsão “não foi nenhuma surpresa” e que a recebeu com “calma e serenidade”. Segundo a deputada, “a única surpresa foi que o PCP tivesse tido a necessidade de tanto tempo para tomar a decisão”, que, na opinião de Luísa Mesquita, deveria ter sido assumida ainda Outubro.

Quanto ao seu futuro político, Luísa Mesquita garante que continuará a as funções de deputada e de vereadora. “Tenho condições para trabalhar e planificar o meu trabalho, para que não seja boicotado (...) Vou trabalhar de uma forma independente e livre das decisões do PCP”, afirmou em declarações à SIC Notícias.

Quanto à forma como desempenhará as funções de deputada, deixando de estar afecta ao PCP, Luísa Mesquita sustenta que “o PCP expulsa do seu partido quem muito bem entender e quiser mas não expulsa deputados eleitos”. “Não fui eu que incumpri ou rasguei o compromisso com eleitores de Santarém. Quem o fez foi a direcção do PCP”, acusou.

Luísa Mesquita foi hoje expulsa do PCP, cerca de um mês depois de o partido lhe ter retirado a confiança política.

No passado dia 24 de Outubro, o comité central do PCP anunciava que retirava a confiança política a Luísa Mesquita enquanto deputada e vereadora na Câmara de Santarém, deixando àquela direcção regional do partido a decisão sobre outras sanções disciplinares.

O PCP considerou que o comportamento que a deputada tem tido desde Junho de 2006, quando recusou abandonar o Parlamento como lhe tinha pedido o partido, é de "reiterada e inaceitável violação dos Estatutos" do partido.

O PCP-Santarém invocou já a "grave violação" dos estatutos partidários e a quebra de compromissos assumidos para expulsar a deputada e vereadora Luísa Mesquita, considerando que a sua atitude "é incompatível" com a qualidade de membro do partido.


 

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