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18 DE NOVEMBRO DE 2008, TERÇA FEIRA
POR: Fernando Ramalho
Do espectáculo interactivo à vida imprevisível
Começamos hoje a publicar as intervenções de membros da Renovação Comunista que apresentaram comunicações no recente Congresso Internacional Karl Marx. Hoje inserimos a de Fernando Ramalho que interveio no painel referente ao “Romantismo e Capitalismo”.
Congresso Karl Marx
Lisboa – 14, 15 e 16 de Novembro de 2008

Do espectáculo interactivo à vida imprevisível

Fernando Ramalho

Resumo

Partindo da crítica da vida quotidiana sob as condições do moderno sistema de produção de mercadorias, na senda, entre outros, de Henri Lefebvre e da Internacional Situacionista, propõe-se uma actualização do conceito debordiano de espectáculo, caracterizando o actual paradigma como a fase do espectáculo interactivo. Se Guy Debord actualizou Marx ao afirmar que a «degradação do ser em ter» evoluíra para a «transformação do ter em parecer», na actual fase, as novas e renovadas técnicas de produção do aparente colonizaram a totalidade do vivido, enriquecendo o parecer com a simulação do ser. Da transformação de tod@s em potenciais pequenos accionistas à Second Life ou aos programas televisivos de selecção de talentos, os indivíduos vão deixando de ser simples espectadores passivos para passarem a ser chamados a simular um protagonismo virtual, falsificando uma mistura (ou mesmo uma inversão) de papéis na produção do real.
Falhadas todas a tentativas de formulação de alternativas parciais e cingidas ao quadro próprio do sistema, propõe-se uma ruptura radical com o determinismo do sistema do capital, construindo, a um tempo, a sua negação e a produção de formas de vida imprevisível, auto-determinadas e irredutíveis a qualquer programa pré-estabelecido. O que se propõe, em suma, é a recuperação da unidade estrutural do pensamento marxiano: o carácter inseparável do Marx da teoria da alienação do Marx da crítica da economia política.

Memórias da vida quotidiana

Há imagens que impressionam. O júri internacional da 50.ª edição do World Press Photo atribuiu a distinção de melhor trabalho fotográfico do ano de 2006 a uma fotografia de Spencer Platt que mostra um grupo de jovens num descapotável desportivo a atravessar um bairro no sul de Beirute (ver fotografia anexa, clicar para aumentar), totalmente devastado por bombardeamentos do exército israelita. A fotografia foi tirada a 15 de Agosto de 2006, o dia seguinte ao cessar-fogo, quando milhares de libaneses tentavam regressar ao que restava das suas casas. Uma representante do júri justificou a escolha da fotografia dizendo o seguinte: «É uma fotografia para onde não somos capazes de parar de olhar. Tem a complexidade e a contradição da vida real, por entre o caos. Esta fotografia faz-nos olhar para lá do óbvio».
Após a estupefacção inicial, e atentando nas palavras da representante do júri, há uma série de incómodas inquietações que nos assaltam: (1) por que não seremos capazes de parar de olhar? (2) como poderá um instante fixado para sempre condensar a complexidade e a contradição da vida real? (3) que óbvio haverá para lá da imagem? Uma hipótese poderia ser a de que uma representação da realidade, isto é, uma qualquer forma não real com que pretendemos interpretar o real, é sempre uma forma com alguma vida própria, relativamente autónoma. Uma espécie de real codificado e, por conseguinte, sujeito a uma interpretação que reconheça a priori o código e os seus significados. Se acompanharmos a representante do júri na consideração de que esta fotografia, ao contrário das outras que se encontravam em competição, ou, pelo menos, mais que elas, «tem a complexidade e a contradição da vida real» e nos faz «olhar para lá do óbvio», não sendo nós «capazes de parar de olhar», poderemos então retirar daí duas conclusões: (1) habitualmente, não somos capazes de perceber a «complexidade e a contradição da vida real» nem de «olhar para lá do óbvio» e (2) o código que torna interpretável esta imagem é-nos estranho ao ponto de nos prender a atenção. Donde, então, os códigos que habitualmente tornam interpretável o real nos distraem, não nos permitindo perceber a «complexidade e a contradição do real» nem «olhar para lá do óbvio».
Se até aqui avançámos alguma coisa na interpretação formal, não sabemos, porém, ainda nada sobre que substância terá aquela imagem que a torna tão singular. Afinal, as imagens dos horrores da guerra vemo-las todos os dias. O que tornará esta especial? As palavras da representante do júri parecem dar-nos novamente uma boa pista. É que, se a fotografia nos permite perceber a «complexidade e a contradição do real» e «olhar para lá do óbvio», é porque nela reconhecemos algo de nosso, algo de comum. O que sugerimos que haja de também nosso, de comum, naquela imagem é que ela representa, de uma forma crua e extrema, a vida quotidiana. Não as configurações concretas e sensíveis do quotidiano, mas a vida quotidiana como tal.
Na definição de Henri Lefebvre, a vida quotidiana é «aquilo que resta quando se retiram do vivido todas as actividades especializadas». Nesse sentido, a vida quotidiana é o terreno real das relações sociais, da única totalidade possível da vida realmente socializada. É nele que, sob as condições do moderno sistema de produção de mercadorias, se manifestam, na prática, todas as separações que se desdobram ao longo da reprodução do sistema a partir da sua separação seminal. Olhando de novo para a fotografia, poderemos identificar, num instante fixado para sempre, o conjunto das separações que nenhuma actividade especializada conseguirá compreender na sua lógica de conjunto. A separação essencial, aquela que aparta os indivíduos da sua própria vida e uns dos outros, tornando-os sujeitos e objectos da reprodução do sistema estabelecido, preenche todo o espaço da fotografia. Aquilo que poderia, à primeira vista, parecer um momento de excepção (um dia de paz depois de vários dias de bombardeamentos destruidores) surge-nos como uma representação da mais mundana das realidades: a do único terreno onde o espaço e o tempo se justapõem.

Sociedade do espectáculo

Sendo a vida quotidiana o terreno real das relações sociais e da manifestação prática de todas as separações, ele é o campo da disputa. A disputa começa na interpretação que, como se referiu antes, é mediada por uma espécie de real codificado, cujo código e respectivos significados deverão ser reconhecidos a priori. Esse real codificado é a imagem, como resumo simplificado da realidade, cuja reprodução incessante permite a um tempo que a realidade se reproduza de acordo com as relações sociais estabelecidas e se represente na consciência dos indivíduos de uma forma unificada e lógica. O movimento inverso é igualmente verdadeiro, ou seja, a representação da realidade através da imagem na consciência dos indivíduos determina a produção do real. Esta relação de duplo sentido, mediada por imagens em reprodução incessante, entre o real e a sua representação na consciência é o espectáculo moderno. O espectáculo é o elemento unificador de uma realidade fragmentada. É o monopólio da comunicação unilateral, permanentemente justificadora da sociedade existente e, nesse sentido, da vida quotidiana. Numa sociedade cuja célula germinal é a produção de mercadorias incorporadas de valor introduzido pelo dispêndio abstracto de força de trabalho, todo o real se desenrola num movimento fetichista, sobredeterminado a priori. O movimento real das coisas, representado como decorrente da acção humana, é, na verdade, o que a determina.
A sociedade do espectáculo, teorizada por Guy Debord em 1967, não é, portanto, uma espécie de conspiração de uma parte da sociedade a querer enganar a outra ou, como é vulgarmente descrita, uma resultante da expansão das tecnologias de comunicação de massas (ainda numa fase relativamente atrasada, no final da década de 1960), mas um estádio do desenvolvimento da sociedade capitalista em que o fetichismo da mercadoria colonizou todos os aspectos da vida social. O espectáculo não é apenas um sector da sociedade, mas a sua totalidade. É, simultaneamente, o papel que cada indivíduo representa realmente como agente da mercadoria e a imagem resumida e autojustificadora.
Em 1988, nos seus Comentários sobre a Sociedade do Espectáculo, Debord identificou cinco traços que caracterizam o espectáculo integrado, etapa resultante da unificação do espectáculo difuso das democracias ocidentais com o espectáculo concentrado do socialismo burocrático. Esses cinco traços, a saber, «a renovação tecnológica incessante, a fusão económico-estatal, o segredo generalizado, o falso sem réplica e um presente perpétuo», atingem hoje, de forma combinada e com idêntico peso relativo, o seu mais elevado grau de desenvolvimento. Com efeito, perante o fim da simulação neoliberal, a agonia do trabalho abstracto e da forma-valor, a catástrofe ambiental, bem como a falência das alternativas reformistas e burocráticas, o espectáculo unifica na imagem o que separa no real e realiza objectivamente o que apresenta como separado na imagem. Por um lado, as separações entre produção e consumo, desejo e vida, uso e troca, surgem-nos como indiscerníveis na simulação do real. Por outro lado, as falsas dicotomias público e privado, Estado e mercado, esquerda e direita, são fixadas como as alternativas disponíveis.

Espectáculo interactivo, a nova fase do espectáculo

Se Debord actualizou Marx ao afirmar que a «degradação do ser em ter» evoluíra para a «transformação do ter em parecer», na actual fase, as novas e renovadas técnicas de produção do aparente colonizaram a totalidade da vida social, enriquecendo o parecer com a simulação do ser. Por meio dessas técnicas, os indivíduos vão deixando de ser simples espectadores passivos para passarem a ser chamados a simular um protagonismo virtual, falsificando uma mistura (ou mesmo uma inversão) de papéis na produção do real. Uma nova fase do espectáculo parece, desse modo, tomar lugar: a fase do espectáculo interactivo. Não se trata, no entanto, de uma interactividade autêntica, em que os agentes da interacção se encontrem em pé de igualdade criando acção autonomamente, mas de uma interactividade simulada, em que cada agente da interacção continua a parecer, embora viva realmente a ilusão de ser.
Por simulação não se designa aqui o mesmo que propõem alguns autores do chamado pós-modernismo (por exemplo, Jean Baudrillard), ou seja, um estado de superação do real. De acordo com esses autores, a realidade autêntica teria deixado de existir e fora substituída por signos auto-referenciais. A hiper-realidade representaria então uma espécie de fim da história, na medida em que nada mais poderia ser identificado como verdadeiro e falso. A dialéctica teria deixado de fazer sentido, visto que já não haveria nada para superar. Qualquer perspectiva de transformação revolucionária, ou mesmo apenas de resistência, ter-se-ia tornado obsoleta, precisamente porque sujeitos e objectos teriam desaparecido e sido substituídos por signos que não representariam nada além de si próprios. Pelo contrário, por simulação quer-se dizer uma experiência de situações que falsificam o real. A realidade dominada pela produção de mercadorias permanece, nesse sentido, radicalmente moderna.
O espectáculo interactivo é uma extensão lógica do espectáculo sem mais qualificativos. Mais uma vez, a resposta ao desejo de ser é muito menos o resultado de uma opção do que uma estratégia de fuga determinada pelo movimento fetichista da mercadoria. Trata-se de um golpe de asa, de um movimento de antecipação ao bloqueio da expansão do sujeito autónomo que determina o real. O neoliberalismo e a financeirização da economia foram historicamente as formas concretas de simulação do ser assumidas na esfera da economia política nas últimas três décadas. Face ao bloqueio crescentemente intransponível do processo de valorização pela sua via natural, ou seja, pela transformação de dinheiro em mais dinheiro através da produção de mercadorias trocáveis no mercado, o movimento de antecipação consistiu numa espécie de milagre da multiplicação do dinheiro através da proliferação de inúmeras formas de representação do dinheiro. O dinheiro, de representação do trabalho abstracto passou a simular uma representação de si próprio; de resumo simplificado do real passou a ser uma representação da representação, uma imagem da imagem. No entanto, o dinheiro, anteriormente espectador impulsionado pelo movimento da produção real, não foi capaz de autonomizar mais do que uma parte de si próprio. Uma boa parte, é certo. A parte que passou a simular o seu protagonismo virtual confiou sempre que, no futuro, a outra parte lhe forneceria o oxigénio necessário para que pudesse permanecer no hiper-real. Como se viu depois, não só o oxigénio não chegou ao hiper-real, como as bolhas de gás tóxico começaram a rebentar sobre as nossas cabeças.
Durante a simulação neoliberal, o espectáculo interactivo estendeu-se aos mais diversos aspectos da vida social. Talvez tenha atingido o paroxismo com a criação da figura do accionariado popular. O «assalariado accionista» seria a síntese que resolveria a contradição de base do capital: a que separa o produto do produtor no momento da produção. A lógica era simples: o trabalhador devolvia ao patrão uma parte do salário que este lhe havia pago, esperando que o patrão lhe devolvesse uma parte da mais-valia que lhe havia roubado. Verdadeiramente genial. Não mais se poderia falar em exploração, visto que o trabalhador passaria a trabalhar para si próprio, pelo menos na medida do seu investimento. Para o patrão, por outro lado, seria o melhor dos mundos, já que o trabalhador pagava-se a si próprio. Tratava-se, enfim, de um modelo que simulava a concretização da então desgastada ilusão keynesiana directamente na esfera económica, sem a mão reguladora do Estado: mais produtividade, mais justa distribuição do produto.
Um outro campo de expansão do espectáculo interactivo é o da cultura. Um bom exemplo disso é o formato televisivo da selecção de talentos. Aí, aqueles a quem naturalmente caberia exclusivamente o papel de espectador da quimera mediática são desafiados a desfilar o seu «talento» perante os restantes espectadores e um grupo de especialistas da cultura, sujeitando-se ao escrutínio de ambos. O critério da avaliação do talento não é a sua criatividade, mas a sua capacidade de interpretar o que foi anteriormente criado por outros. A promessa é que, após um período em que será avaliado e validado o seu esforço de recriação, o participante passará a integrar a galeria das imagens mais vistas. Como é óbvio, essa promessa nunca se cumpre, na medida em que a reprodução incessante de imagens que é a televisão torna efémera cada uma delas, mas também porque o momento da simulação é o da própria selecção. É aí, e apenas aí, que o participante simula o desempenho da imagem que lhe despoletara o desejo de ser.

Regresso de Marx: determinismo ou imprevisibilidade?

O espectáculo interactivo, a nova fase do espectáculo moderno, acompanha o declínio da civilização capitalista. Um declínio não linear, mas estrutural, que se manifesta na multiplicidade fragmentada da vida quotidiana, mas também nas esferas separadas da economia e da política. À medida que vão explodindo as bolhas, a unidade da aparência constituída espectacularmente vai procurando recuperar velhas glórias redentoras. É o caso da renovada ilusão keynesiana, mas também o ressurgimento do espectro de Marx. Perante a desorientação, surpreendentemente, ou talvez não, muita gente correu para a Potsdamer Platz e, remexendo o entulho, de lá retirou um rejuvenescido e atraente Marx e a sua crítica da economia política. Mais ou menos maquilhado, mais ou menos matizado, Marx surge hoje como uma espécie de acompanhante de luxo de todas as teorias da crise e da sua superação. Um traço comum a todas essas teorias é o seu constrangimento aos limites do sistema estabelecido, retirando ao pensamento marxiano a sua perspectiva revolucionária e a sua visão da totalidade. Também aqui não há grandes razões para espanto, visto que, se uns não poderiam deixar de olhar a situação com os óculos foscos da reprodução do sistema, outros não se libertaram ainda dos estafados manuais da vulgata marxista, da ilusão keynesiana ou do hiper-real pós-modernista.
Este hype à volta de Marx pode não passar de uma espécie de «cheguevarização» da sua figura, ou seja, a criação de mais um ícone inofensivo na galeria dos anti-heróis do espectáculo. Se assim acontecer, voltará Marx, desgraçadamente, a cumprir o papel que, em diversos períodos históricos, lhe coube em sorte: o de elemento decorativo e justificador da integração da esquerda no espectáculo da modernização capitalista. Foi assim, por exemplo, na tragédia soviética, nos «30 anos gloriosos» ou na ascensão da China como pilar do capitalismo mundial.
No fim da simulação neoliberal, a esquerda reforça o seu papel no espectáculo na esfera da política do Estado. Trata-se, no entanto, de um papel que há muito perdeu o guião e que, pelo menos para já, ainda é pretendente a interactivo. Com o ressurgimento espectacular do Estado (apenas aparente, visto que nunca saiu de onde estava), os discursos tradicionais das diversas esquerdas foram espectacularmente apropriados pelos actuais gestores da crise, da direita propriamente dita à esquerda propriamente de direita. O fim do neoliberalismo tem, então, como efeito colateral o fim das alternativas ao neoliberalismo.
O problema essencial da esquerda é que preferiu a gestão das actividades especializadas em vez da disputa do espaço da vida quotidiana. Uma visão essencialmente positivista do valor e da produtividade, do trabalho e do progresso, da política e do Estado, conduziu a esquerda para a posição defensiva de pretendente a gestora mais humana da crise. A ressurreição de Marx pode, porém, ser uma boa ignição, assim se consiga recuperar a sua radicalidade e a unidade estrutural do seu pensamento: a que não dissocia o jovem Marx da teoria da alienação e da crítica da ideologia do Marx maduro da crítica da economia política.
Os tempos são perigosos, mas desafiantes. O espectáculo interactivo colocou o sistema numa encruzilhada, na medida em que é, paradoxalmente, uma válvula de segurança e um tigre de papel. É que o desejo de ser tem implícito o desejo de não ser, isto é, o desejo de deixar de se ser o que se é, o desejo de mudar de vida. A crítica da vida quotidiana será tanto mais eficaz quanto perceber que é justamente nessa negatividade que reside o potencial emancipador. A ruptura com o fetichismo é, em primeiro lugar, negativa. Não se trata, contudo, de uma negatividade contemplativa nem, tão-pouco, resistente, mas de uma negatividade ofensiva. O próprio momento da negação tem que ser imediatamente a superação do que se nega. Seria uma perda de tempo, e até contraditório com uma visão emancipadora e promotora da autodeterminação humana, começar a abordagem do problema com a definição de um qualquer programa para a sociedade pós-capitalista. Do que se trata neste momento é de debater como generalizar um movimento ofensivo de ruptura com a previsibilidade e o determinismo da mercadoria que seja, simultaneamente, o início da construção de novas formas de vida imprevisíveis e autodeterminadas, que respondam à satisfação consciente das necessidades e dos desejos.

Bibliografia consultada:

AAVV, Internacional Situacionista – Antologia, Antígona, Lisboa, 1997.
BAUDRILLARD, Jean, Simulacros e Simulação, Relógio d’ Água, Lisboa, 1991.
DEBORD, Guy, A sociedade do espectáculo, mobilis in mobile, Lisboa, 1991.
DEBORD, Guy, Comentários sobre a sociedade do espectáculo, mobilis in mobilis, Lisboa, 1995.
JAPPE, Anselm, As aventuras da mercadoria. Para uma nova crítica do valor, Antígona, Lisboa, 2006.
JAPPE, Anselm, Guy Debord, Antígona, Lisboa, 2008.
KURZ, Robert, «Ontologia negativa. As eminências pardas do Iluminismo e a metafísica histórica da Modernidade», http://obeco.planetaclix.pt/rkurz115.htm.
LEFEBVRE, Henri, Critique of Everyday Life. Volume Two: Foundations for a Sociology of the Everyday, Verso, Londres, 2008.
MARX, Karl, O Capital, Livro Primeiro, Tomo I, Edições Avante, Lisboa, 1990
MÉSZÁROS, István, Para além do capital. Rumo a uma teoria da transição, Boitempo Editorial, São Paulo, 2002.
THOMAS, Tom, O Estado e o Capital. O exemplo francês, Edições Dinossauro, Lisboa, 2003.


 

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